Muita gente acredita que já perdoou.
Repete para si mesma: “Está tudo bem, já passou.”
Mas por dentro a ferida continua aberta.
Esse é um dos autoenganos mais comuns.
O corpo ainda reage, o pensamento ainda cobra, o coração ainda pesa.
Não é falta de vontade, é falta de clareza sobre o que o perdão realmente é.
Quando dizer não basta
Perdão não acontece no discurso.
Você pode repetir mil vezes “eu já perdoei” e, ainda assim, continuar sentindo dor.
O que acontece é simples:
falar sobre o perdão não é o mesmo que soltar a cobrança invisível que mantém a ferida aberta.
Um exemplo real
“Eu sou casada com meu primeiro namorado, desde os 16 anos, hoje estou com 31.
Nos primeiros anos de namoro ele me traiu, e desta traição veio uma criança que hoje tem 11 anos.
Eu sempre dizia que já estava perdoado, mas dentro de mim parecia que eu não conseguia.
O que você ensinou descreveu certinho, é um movimento de querer respostas, do porquê a pessoa fez aquilo.
Apesar dele ser um bom namorado, hoje um bom marido, ainda ficava essa questão dentro de mim.
Você conseguiu descrever certinho e eu consegui ver e acredito que vai dar certo porque você abriu bem os meus olhos.”— J. Almeida
O que ela descreve acontece com milhares de pessoas: a vida anda, o relacionamento até melhora, mas a ferida continua viva porque o gesto do perdão não foi feito de verdade.
Por que isso acontece
Porque a gente confunde perdão com três coisas:
- Esquecer
- Justificar
- Reconciliar
Perdoar não é nada disso.
É um movimento silencioso, que não depende de explicações nem de respostas.
Enquanto a mente insiste em perguntar “por que ele fez isso?”, o corpo continua preso na mesma dor.
Como saber se o perdão aconteceu
O sinal não é o que você diz.
O sinal é o que você sente.
Quando a lembrança aparece e já não dói da mesma forma, é aí que você sabe que o perdão foi feito.
Não é um comando da mente.
É um gesto do coração que pode ser repetido quantas vezes for necessário, até que a ferida cicatrize.
Quando buscar apoio
Algumas feridas pedem mais do que força de vontade.
Um livro, uma conversa guiada ou uma prática clara podem ajudar a colocar o perdão em movimento de verdade.
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👉 Se sentir que chegou a hora de soltar feridas mais profundas, veja a Coleção completa.
Conclusão
Dizer “eu já perdoei” não significa que a ferida cicatrizou.
O perdão não é uma frase, é um gesto.
E quando esse gesto acontece de verdade, a memória pode até ficar,
mas a dor deixa de comandar a sua vida.